quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Beatles - O Show no Telhado - 1969
Em uma postagem anterior, comentei sobre um livro que havia acabado de comprar: Maggical Mystery Tours - Minha Vida com 0s Beatles - escrito por Tony Bramwell, que trabalhava diretamente com a banda, além de ser amigo particlular deles. O texto de contracapa diz:"Imagine-se um amigo de infância de George Harrison, Paul McCartney e John Lennon e, além de crescer com eles, ser convidado para trabalhar junto com a banda mais famosa do mundo, Os Beatles. Isso aconteceu com Tony Bramwell."
Já estou quase terminando a leitura do livro, e posso dizer que é um dos melhores trabalhos já publicados sobre os Beatles, dos tantos que já li. Acabei de ler a descrição do famoso show realizado pela banda nos telhados da gravadora Apple, e faz parte do documentário Let It Be. Eis o trecho:
"Em 30 de janeiro de 1969, bem agasalhados contra o frio e o ar rarefeito, envoltos por pessoas nos telhados até onde os olhos alcançavam, e mais algumas outras peduradas no topo de chaminés, meia Londres parou enquanto milhares de pessoas ouviam e assistiam. Gente dentro de escritórios ficou pendurada nas janelas e transeuntes aglomeravam-se nas calçadas. Enquanto via os trabalhadores empolgados nas janelas sorrindo com prazer, percebi que aquele era um acontecimento maravilhoso e único.
De todas as músicas que tocaram - algumas mais de uma vez e sem contar um improvisado "God Save The Quenn" - a que mais me tocou foi 'Don't Let Me Down'. Eu sabia que aquela apresentação era exatamente o fim. Triste, senti, que embora John tivesse escrito aquela música para Yoko, ela parecia diretamente relacionada aos próprios Beatles e as relações entre eles, e era também um grito para que o mundo entendesse o grupo e tudo o que tentaram alcançar. A música que provocou maior reação entre o público por ser um pouco mais forte e agitada foi 'Get Back'. Esta dizia muito sobre como as coisas estavam andando. Foi uma mensagem do fundo do coração de Paul e John, principalmente dirigida de um para o outro que dizia: 'Vamos voltar para onde começamos'.
Logo os senhores alfaiates da Gieves and Hawkes reclamaram do barulho e chamaram a polícia, que aliás, sempre estava por perto. A polícia chegou e fizemos com que o porteiro os parasse, perguntando se tinham ingressos. Eles foram retidos por mais algum tempo pelo office boy que repetiu a mesma pergunta. Os caras de azul enfiaram-se por entre as secretárias e funcionários da Apple e quem mais estivesse no caminho até chegarem ao telhado. Foi tudo muito bem humorado. Negociamos com eles para ganhar mais uns 20 minutos enquanto os rapazes continuavam tocando. Por fim disseram: 'Olhem, rapazes, está muito alto. Vocês vão ter que parar'. O concerto ao ar livre tinha começado por volta do meio dia, e terminado umas quinze pra uma quando a polícia puxou o fio da tomada."
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