Palavras Domesticadas

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Invenção do Disco de Vinil - 1948


No ano de 1948 aconteceu um grande avanço na história das gravações musicais. Surgiam os primeiros discos de longa duração - long plays. A primeira gravadora a lançar discos nesse formato foi a Columbia Records.
Até então as gravações fonográficas eram registradas em discos de cera, que giravam a 78 rotações por minuto, e somente registravam uma música de cada lado, com quatro minutos em média. Os Lps podiam trazer 25 minutos de música em cada lado, ou seja, seis músicas em média, além de um som mais limpo.
O inventor do disco de vinil foi o americano Peter Goldmark (que aparece na foto que ilustra essa postagem), que segundo dizem, serviu na Segunda Guerra Mundial, e ao dar baixa, ainda ecoavam em seus ouvidos os chiados dos discos de 78 rpm, que seus companheiros de trincheira ouviam sem parar nos momentos de descanso. Para quem, na era do som digital, reclama dos chiados dos velhos Lps, não sabe o que eram os ruídos dos antigos discos de cera. Goldmark levou cerca de três anos pesquisando, até apresentar à Columbia a grande novidade que desenvolvera, e iria revolucionar o mercado fonográfico.
Não existe, infelizmente, nenhum registro histórico de um primeiro Lp. O que se conta é que rapidamente o mercado americano foi invadido pela novidade, que permitia se ouvir quase uma hora de música.
As pesquisas para o aprimoramento da qualidade das gravações continuariam, e logo o som estereofônico surgiria, eliminando de vez as interferências características dos antigos 78 rpm. "Isto É Som Estereofônico" era o título da gravação que em 1957 apresentava essa novidade ao público consumidor de música no Brasil, que desde 1951 já conhecia o formato em vinil. Esse disco, talvez o pioneiro do som stéreo no Brasil era uma miscelânea de gravações variadas, que incluía o comediante Oscarito cantando marchinhas de carnaval e o conjunto vocal de Bossa Nova Os Cariocas.

A rotação de 33rpm ganharia em 1949, através da gravadora RCA, uma segunda alternativa, de duração menor - os 45 rpm. Nascia ali, o que hoje se chama de singles, muito usados para promover e alavancar a venda dos Lps. Eram os chamados compactos.
As gravações estereofônicas em vinil permitiram um grande avanço na área da engenharia de som, fazendo com que a qualidade de som das gravações em vinil experimentassem um grande avanço. Um bom disco de vinil bem conservado, reproduzido numa boa aparelhagem não fica nada a dever a uma gravação em cd, e muitas vezes supera em qualidade aquele formato. A verdade é que por quase 40 anos os Lps de vinil reinaram absolutos, até o surgimento das primeiras gravações em cd, que demoraram um pouco a emplacar no mercado, devido aos altos custos dos discos e aparelhos para reprodução. Só a partir dos anos 90 as gravações em cd passaram a dominar o mercado e ir ganhando espaço nas lojas especializadas, até os discos de vinil deixarem de ser fabricados e distribuídos.
Porém, o Lp nunca deixou de ser objeto de culto e adoração por muitos antigos e também novos audiófilos, e hoje os discos de vinil voltam a ser fabricados, e muitos artistas fazem questão de lançar seus discos também em vinil. Muitos relançamentos em vinil também são colocados no mercado, o que prova que aquela invenção de Peter Goldmark não perdeu seu encantamento.

6 comentários:

  1. tenho 7000 mil discos gostaria de vender

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  2. o PRIMEIRO LP FOI EM 1948 10 POL EGADAS DENAT KING COLE COM OSUCESSO NATURE BOY Q TAMBEM TINHA EM 78 RPM

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  3. Tenho discos vinil uma quantidade boa antigos, quero vender

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  4. Se quiser, pode mandar uma listagem para meu email: marcio.aquinorj@uol.com.br

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