Ao se falar em pop art, o primeiro nome que nos vem a mente é o de Andy Warhol. Figura polêmica e atuante na cena alternativa das artes nos anos 60, Warhol deixou seu nome marcado na história como uma das personalidades mais representativas daquele período tão rico e revolucionário.
A pop art, movimento em que Warhol exerceu um inquestionável reinado, se tornou uma escola no mundo das artes, e trazia em seu conceito a repetição de imagens de ícones da cultura e contracultura, imagens de histórias em quadrinhos, peças publicitárias, fotomontagens, etc. As primeiras manifestações de pop art podem ser consideradas já em 1956, quando foi realizada uma exposição cujo tema era a atriz Marilyn Monroe, uma das imagens mais massificadas na época.
Segundo se conta, quem batizou o estilo de pop arte foi o crítico inglês Lawrence Alloway, em 1955, mas o termo só se tornaria popular alguns anos depois, já na década seguinte.
Designer de vitrines de extremo sucesso em 1956, Warhol já naquela época demonstrava um forte poder de comunicação através de seus trabalhos, e revelava um grande talento para se expressar através de seus trabalhos em serigrafia, em que usava uma técnica na qual reproduzia imagens de ícones da cultura, política, quadrinhos e demais áreas em que algumas figuras públicas se destacavam, como a já citada Marylin Monroe, Elvis, Liz Taylor, Jackie Kennedy, Mao Tsé Tung (apenas uma imagem), além de objetos e logomarcas como Coca-Cola, o dólar e a embalagem das sopas Campbel's, um de seus trabalhos mais famosos. Também retratava criminosos procurados pela Justiça, desastres automobilísticos, cadeiras elétricas, etc. Warhol chegou a realizar alguns filmes experimentais, a maioria tediosos e chatos, como "Sleep", mostrando uma pessoa dormindo por seis horas e "Empire", que mostra o edifício Empire State Buiding, num único ângulo. Sobre esse tipo de filme que produzia, um dia ele declarou: "Eu gosto de coisas chatas".
Seu atelier, muito frequentado por artistas, amigos, curiosos e malucos de toda espécie tinha o nome de "Factory", e era de lá que brotavam suas ideias e saíam suas obras. Em 1968, um dos membros de sua corte, que tinha atuado em um pequeno papel em um de seus filmes, tentou matá-lo a tiros. Valerie Solanas, uma das muitas pessoas piradas que faziam parte desse grupo de seguidores, fazia parte de uma organização feminista chamada "Sociedade para Castração dos Homens", e se declarou explorada por Andy. Ferido com gravidade, o artista conseguiu escapar, e viu a mística em torno de seu nome crescer após o atentado.
Andy Warhol teve uma estreita ligação com a cena do rock, sendo autor de algumas capas de discos, como a que traz a famosa banana que aparece no primeiro álbum do Velvet Underground, grupo por sinal, com o qual manteve uma relação profissional mais presente do que apenas como autor de uma capa de disco. Chegou a promover shows da banda, no circuito alternativo. Outra capa famosa de Warhol é a de "Stick Fingers", do Rolling Stones. Também trabalhou com David Bowie.
Lennon retratado por Warhol |
Warhol morreu em fevereiro de 1987, em Nova York, aos 58 anos. Além de ser reconhecido como um inovador nas artes plásticas, se celebrizou pela frase em que se refere à cultura de massas dizendo que num futuro as pessoas se tornariam famosas por quinze minutos. A expressão "quinze minutos de fama" é muito utilizada até hoje, embora nem todos saibam sua autoria.
Márcio, se não lembro mal, David Bowie joga o papel de Warhol no filme sobre Basquiat. Saludos.
ResponderExcluirSim, bem lembrado. Bowie viveu Warhol nas telas.
ResponderExcluirObrigado