segunda-feira, 28 de março de 2011
Treze - Uma Aventura Literária de Pete Towshend
Muitos astros do rock também já se aventuraram pela literatura. A lista seria extensa: John Lennon, Bob Dylan, Jim Morrison, só para citar alguns. Outro roqueiro que também deixou um pouco sua guitarra de lado para exercitar seus dedos na máquina de escrever (na época ainda se usava essas hoje peças de museu) foi Pete Towshend, líder da banda inglesa The Who. Em 1987 seu livro Horse's Neck seria lançado no Brasil, com o título de Treze. Na ocasião, o designer gráfico, e autor da capa da edição brasileira, Wilton Azevedo, escreveu a seguinte resenha:
"Todo mundo sabe: Pete Towshend, o líder do grupo The Who, foi o roqueiro que, além de introduzir a performance do ruído em seus shows, quebrando e incendiando instrumentos, inaugurou a linguagem do que se intitulou Ópera Rock. Quem conhece as letras de suas músicas sabe que Pete está sempre questionando o comportamento adolescente, principalmente vivendo na Inglaterra, um país onde se encontram pelas ruas adolescentes de até 50 anos.
Horse's Neck é seu livro agora lançado no Brasil com o nome de Treze. É um livro curioso, dividido em pequenos contos que se parecem muito com aquele desejo da gente de um dia cruzar o Pete no meio da rua, pedir um autógrafo e ouvi-lo contar algumas de suas aventuras.
Pete mistura ficção com fatos reais que não passam de situações banais. Acontece que é dele, e, se tratando de Pete, as coisas banais nunca são banais. Além do mais, Pete é bem charmoso ao tirar de si toda a culpa de ter escrito o que escreveu. Já no prefácio, atribui à sua mãe toda a responsabilidade por tê-lo influenciado a ponto de produzir este Horse's Neck, que, na gíria inglesa significa algo próximo a "Tolices".
Em "A Peixaria" ele conta como conheceu o dono, um espanhol que tinha sido violonista famoso em seu país e que mais tarde fugiu para a Inglaterra motivado por um caso amoroso. Pete ia todas as noites à peixaria para tocar junto com o amigo, onde executavam durante horas seguidas solos estilo flamenco. E não é tudo. Ele conta como as pessoas o julgavam homossexual por ficar horas com o amigo espanhol.
Sua imagem controvertida diante do público parece que o acompanha como uma espécie de carma desde a adolescência. O melhor retrato desta imagem é seu pulo voador com a guitarra em um solo estridente.
Foi baseado neste aspecto que desenvolvi o design gráfico da capa, extraindo do grafisno da xerox uma espécie de fôlego suspenso, assim como um vídeo clip das histórias de Pete."
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Adoraria saber escrever,fica pra próxima encarnação.
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