Palavras Domesticadas

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Exagero de Punição?


Acompanhei, e continuo acompanhando o caso de Neymar e sua indisciplina e desrespeito ao seu treinador e companheiros, principalmentea o capitão do Santos, Edu Dracena. Jogadores indisplinados sempre houve. Aqueles que são craques acabam sendo aceitos pelos treinadores e dirigentes, mesmo a contragosto, por serem imprescindíveis ao time. Poderia citar inúmeros exemplos daqueles que hoje em dia são conhecidos como "bad boys". Se não me engano foi João Saldanha, que quando era técnico sugeriu a contratação de um craque problemático. Um dirigente então o desaconselhou pelo histórico de indisciplina do craque, que nem me lembro quem era. Saldanha então respondeu: "Eu quero ele pra jogar futebol, e não pra casar com minha filha". Essas coisas sempre aconteceram no futebol, porém considero o caso de Neymar grave demais para ser esquecido pelo treinador Dorival Júnior tão rapidamente. Sobre o caso, me chamou a atenção a coluna de hoje do cronista Fernando Calazans, que traz o mesmo título dessa postagem, porém sem a interrogação, ou seja, afirma que a punição sugerida por Dorival é muito severa. Diz a coluna: "...para mim o técnico Dorival Júnior, profissional que admiro, foi além do que devia: exigiu a suspensão de Neymar do jogo contra o Guarani. Ou seja, além de punir o jogador, puniu também o time, e vejam que curiosidade, puniu a si próprio." Com isso ele quis dizer que ao sacar Neymar do time, e com a queda de rendimento provocada por essa decisão, ele criou dificuldades na armação do time, que em relação à equipe que atuava antes da copa. Perdeu Robinho transferido, Ganso contundido, e agora Neymar.
Porém para o próprio bem de Neymar, ele precisa ser punido mais do que simplesmente 30% de seu salário. Dorival manteve o afastamento de Neymar no clássico contra o Corinthians, o que acho justo, mesmo torcendo para o Santos. Os elogios, até merecidos, da imprensa, a enorme cobrança de sua presença na copa, o assédio de clubes europeus, como o Chelsea da Inglaterra, e outros fatores, subiram-lhe à cabeça a ponto de se achar acima do bem e do mal. Por isso aprovo a atitude do técnico do Santos, e discordo do ponto de vista de Calazans em sua coluna.

Um comentário:

  1. Oi!
    estava aqui lendo você e, embora nada conheça/saiba de futebol e suas "acontecências" - aliás, não só não sei, não gosto, como "tenho raiva de quem sabe", como dria minha avó... força de expressão, tá lindinho? - e me lembrei de alguns clientes para os quais prestei serviços. Ligados a área de vendas, aceitam barbaridades, no que diz respeito a comportamento dos vendedores, seus funcionários, sob a alegação de que "eles vendem". E aí, lá ia água abaixo toda tentativa de desenvolver um trabalho decente com uma equipe. Como se o mínimo de respeito e justiça não existe? Normas existem para ser descumpridas? Nem sempre, convenhamos. E um trabalho em equipe (não em grupo) como, creio, deva ser o futebol, não se dá se não houver disciplina, respeito mútuo. Então, nem sei quem é o que fez esse tal de Neymar. Mas se pisou na bola (trocadilho infame rs!) tem mais é que parar pra pensar, sim. e se é preciso ser com punição, que seja, ué! Aliás... aquilo que vem em resposta a uma ação nossa chama-se reação. Punição?

    bjins

    Auci

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