Na edição de setembro de 1975, a revista Pop trazia uma matéria sobre um show do Pink Floyd em Londres, ao ar livre. Um fotógrafo da revista estava no evento, e clicou várias imagens da banda e do público. A matéria, muito bem ilustrada por várias fotos, fala de detalhes sobre o show:
"Para o Pink Floyd, concertos ao ar livre sempre foram ótimas transações. "O único grilo", diz o baterista Nick Mason, "é que temos uma forte tendência a produzir chuva... mesmo quando a região enfrenta seca braba..."
Mas desta vez, no Knebworth Park de Londres, as vibrações estavam ótimas, as nuvens que flutuavam no céu permaneceram numa boa e tudo saiu direitinho.
Acima de tudo, é claro, havia muita expectativa. A moçada estava curiosa, fissurada, querendo saber como o Pink ia dar sequência ao seu importante trabalho depois do estrondoso sucesso, em disco e ao vivo, do Dark Side Of The Moon.
Durante duas horas, Roger Waters, David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason promoveram um clima de viagem espacial no parque e fizeram a moçada viajar tranquilamente através dos universos desconhecidos de suas próprias cabeças. Na primeira parte do show, o grupo deixou fluir várias músicas de seu novo álbum, o que funcionou como uma excitante sucessão de surpresas para a moçada.
Depois de um breve intervalo, começou o que uma garota holandesa chamou de "um grande voo cósmico". E não podia ser de outra forma, pois foi aí que o Pink Floyd levou todo mundo para "A Face Escura da Lua". Durante uma hora, os sons mais incríveis saíram do palco e foram conduzindo o público aos limites do espaço cósmico. No fim, quando a música estava atingindo o clímax, um grande avião de metal deu um rasante sobre o público e espatifou-se contra o fundo do palco, espalhando fogo. A viagem de exploração à face escura da lua tinha terminado. E do palco começaram a se espalhar os sons reverberantes de Echoes, um dos mais intigantes clássicos do Pink Floyd. O ritual estava completo. Quando a música terminou e os caras saíram calmamente do palco, os sons ficaram ecoando na cabeça de toda a moçada. Todos se levantaram em silêncio e começaram a caminhada de volta para casa ou para a estrada, enquanto a face iluminada da lua banhava o Knebworth com uma luz dourada, fantástica como a própria música do Pink."
Lembro muito bem dessa revista... a primeira que eu comprei (em 74...)tinha uma reportagem do Pink Floyd... lembro de uma legenda de foto que dizia: "Rick Wright passeia pelos teclados"... Bem, adoro Pink Floyd...e adoro Floydian Slip...
ResponderExcluirValeu pelo comentário e pela lembrança.
ResponderExcluirabraço