Palavras Domesticadas

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Livros e Revistas de Humor - Tudo Pelo Soizial

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O cartunista catarinense Bonson, nos anos 80 criou um personagem chamado Soiza, que era um radialista que apresentava um programa bem popular, e tinha o desejo de se tornar vereador, como muitos locutores. Soiza fazia o tipo "latin lover", metido a conquistador, e tinha como principal projeto de sua plataforma como candidato à verança, a construção do "Wandódromo", um monumento dedicado ao cantor Wando. Apesar de ser um apresentador de programas de música brega, de raízes bem populares, não era fácil para Soiza formar seu eleitorado e conquistar votos suficientes para se eleger. Até para convencer sua própria mãe a votar nele ele tinha dificuldades, como mostra a tira abaixo:


Em 1988, aproveitando que era ano de eleição, e o tema era recorrente, foi publicado um livro dedicado ao personagem, chamado Tudo Pelo Soizial. O título é um trocadilho com um slogan do governo federal, que na época era comandado por Sarney: Tudo Pelo Social. Após o fracasso do Plano Cruzado, e com o país convivendo com um índice inflacionário dos mais altos, Sarney com a popularidade bem baixa começou a investir em planos sociais, como forma de conquistar as classes menos favorecidas, e assim aumentar um pouco sua popularidade.
Voltando ao livro, que era uma coleção de tiras que eram publicadas no jornal de Florianópolis O Estado, Bonson, além do personagem principal, trazia outros, como o " Maestro Cara Bichevsqui, "Waldirene, a AM", "Henricão, o rei do point" e "Alaor, o sonoplasta". Eu não conhecia o personagem, e pouca coisa do seu criador, já que Bonson, pelo que eu saiba, atuou a maior parte do tempo em Santa Catarina.
O livro traz prefácio do cartunista Laerte, e uma pequena biografia do autor, que logicamente é desatualizada para os dias de hoje, e dizia:


"Bonson é um florianopolitano roxo (principalmente quando toma umas e outras) da rua Bocaiúva. Nasceu no dia 13 de novembro de 1949, e é Escorpião no ocidental, Boi no chinês e Sushi no japonês.
Sérgio Luiz de Castro Bonson começou a pegar no pesado no jornal O Estado, de Santa Catarina, em 70, e trabalhou depois em vários outros jornais catarinenses, até que em 84 arrumou a trouxa e foi para São Paulo fazer a América. Lá trabalhou na Folha de São Paulo, fez um monte de frilas na Gazeta de Pinheiros, Dados e Ideias, Balanço Financeiro, etc, etc, e ah, coisa importante, morou em Vila Madalena.
De repente ficou duro, com saudade, e voltou para Floripa. Aqui (ou lá) ficou lembrando do tempo em que ouvia rádio todos os dias, todas as horas em Sampa e, entre uma tragada e outra, pensou: "E se eu (ele) fizesse uns personagens em cima do rádio, hein?". Bom, resolveu fazer. E fez. E lançou um livro "Waldirene, a AM", em 87, que foi um estouro (até hoje ele tem uns estilhaços enfiados no corpo).
Você quer saber qual o conteúdo de suas mensagens?
Ele explica: "Tu foi ver aquele filme chamado 'Apocalípticos e Intefrados Now'?, estrelado pelo Umberto Eco e a Emilinha Borba, dirigido pelo Joseph Conrad e fotografado pelo Marlon Brando?". Então, é por aí, meu irmão, por aí..."

4 comentários:

  1. Onde eu consigo o livro?

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    1. Oi, tenho e quero vende-lo. caso queira, me envie e-mail para pupo@itu.com.br... Autografado pelo autor (acredito eu)

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  2. Talvez em algum sebo vc consiga, mas não sei se será fácil. Pesquise na internet, talvez com um pouco de sorte vc consiga. Boa sorte.

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    1. Oi, tenho e quero vende-lo. caso queira, me envie e-mail para pupo@itu.com.br... Autografado pelo autor (acredito eu)

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