Algumas piadas só são compreendidas e funcionam dentro de uma época e contexto. Com o passar do tempo se tornam incompreensíveis. As piadas políticas, por exemplo, se tornam datadas muito rapidamente, pois só funcionam naquele momento. Existem também aquelas piadas que satirizam determinados fatos momentâneos, como personagens de novelas, músicas de época ou comerciais de tv. Nesse último caso se enquadra a piada acima, que na época achei sensacional e morri de rir, mas se hoje não for devidamente explicada não faz o menor sentido.
no fim dos anos 80 e início dos 90 a a fábrica de enlatados e conservas Perdigão patrocinava o piloto brasileiro de Fórmula Um Maurício Gugelmim, contemporâneo de Ayrton Senna. O dito piloto aparecia em um comercial, em que chegava em uma padaria ou lanchonete, e pedia um sanduíche de presunto. Ao receber seu pedido, ele perguntava: "É da Perdigão?", quando o atendente confirmava, ele respondia: "Então manda!" Esse era o bordão do anúncio, que inclusive ganhou outras versões, sempre com a frase em destaque: "É da Perdigão? Então manda!". O jornal O Planeta Diário então fez uma sátira a esse bordão usado pela Perdigão, mostrando dois empresários comentando sobre uma crise empresarial, em que muitos funcionários teriam de ser mandados embora. Um deles pergunta se eles eram da Perdigão. Tal qual o empregado da lanchonete, o outro empresário confirma, então o outro diz: "Então manda!"
Na época, eu morri de rir, e hoje, muitos anos depois, revendo esse antigo exemplar do jornal, voltei a rir, mesmo se tratando de uma piada que perdeu a atualidade e o sentido.
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