Palavras Domesticadas

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Revista Bizz Especial - Amy Winehouse



Desde o sábado, 23 de julho, quando foi anunciada a morte de Amy Winehouse, já era de se esperar que a notícia ganhasse grande repercussão, como costuma acontecer na morte de pessoas famosas, embora em termos de popularidade, Amy ainda não estivesse no nível de outros astros, como Michael Jackson, Kurt Cobain, Elvis, Lennon, etc. Muita gente, aliás, conhecia mais o nome de Amy pelos constantes escândalos e notícias de seus excessos de álcool e drogas, do que propriamente por sua música. Eu mesmo, demorei um pouco a conhecer o trabalho de Amy, sobre quem sempre lia em revistas e matérias de jornais. Acho que até conhecia suas músicas mais radiofônicas, mas talvez não identificasse aquela potente e bela voz como sendo daquela excêntrica figura. Não tardei a me encantar pela cantora, e ao mesmo tempo, me compadecia por sua vida sem limites, suas internações e vexames públicos, e um futuro previsível, que infelizmente se confirmou naquele sábado de julho.

Igualmente previsível era que começassem a sair nas bancas revistas especiais sobre sua vida e carreira, e assim a Bizz - uma revista que já foi mensal, e hoje só publica edições especiais - saiu na frente, e lançou um número especial com a cantora. E assim, com um belo trabalho gráfico, com várias fotos de diferentes fases da vida de Amy, desde sua infância, sua carreira, e claro, aquelas que se tornaram a alegria dos paparazzi, de seus escândalos e flagrantes de sua conturbada vida pessoal. O texto é informativo, e traça um perfil do que foi sua vida, sua forma de encarar o mundo, seu envolvimento profundo e autodestutivo com a bebida e as drogas, e também, como não poderia deixar de ser para uma publicação especializada em música, seu talento, e a marca que deixou no mundo da música.
A revista, de 66 páginas, se divide em vários capítulos, e vai mostrando quem era essa figura que hoje é tão comentada, e passou a ser ouvida com mais atenção por uma boa parte do público após sua morte - um lado um tanto mórbido da indústria cultural. Várias de suas frases mais marcantes e reveladoras são também destacadas, como "Minha desculpa é que a maioria das pessoas da minha idade passa um tempão pensando no que vão fazer pelos próximos cinco ou seis anos. Enquanto elas pensam na vida, eu passo o tempo bebendo". Sua vinda ao Brasil, em janeiro, também é destacada. Desde detalhes de seus dias no hotel onde se hospedou em Santa Tereza, no Rio, a preocupação com seus empresários e os promotores dos shows por aqui em não deixá-la próxima de nenhum tipo de bebida - coisa que ela soube desobedecer sem dificuldades - a famosa foto em que tirou na sacada do hotel, com cara de quem havia tomada todas, e ainda pagando peitinho para os fotógrafos, até seus shows nos palcos brasileiros.
Na parte final da revista, são destacados também aqueles artistas, que como ela, se foram aos 27 anos, também em virtude de excessos e abusos com drogas e bebidas: Jimi Hendrix, Brian Jones, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. É uma boa revista para se ler e guardar.

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