sexta-feira, 16 de julho de 2010
Comunidades Alternativas
Há 25 anos a revista Manchete trazia uma longa matéria, de 22 páginas, sobre comunidades alternativas que ainda sobreviviam, baseadas na filosofia hippie, tipicamente como acontecia nos anos 60, e remetendo a uma década antes, ao também citar os beatnicks. Sob o título “Existe Vida Alternativa Em 85?” a matéria trazia em seu texto introdutório:
A América do pós-guerra viu acontecer um fenômeno que ficou conhecido como baby boom – uma explosão demográfica sem precedentes na história do país. Essas crianças, geradas no desafogo dos combatentes que voltaram do Velho Mundo acreditando no futuro, tinham 18 anos em 1963/64. E, com muitas ideias na cabeça e uma guitarra na mão, partiram para contestar radicalmente esse futuro em que seus pais acreditaram. Mas o rock não fora o primeiro grito. Antes houve um uivo que, vindo do Village nova-iorquino, atravessou o Atlântico e desceu às caves existencialistas de Paris: era o call of the wild, o apelo selvagem dos beats. A mistura de rock e beatnicks deu origem à geração hippie – os drop-outs ecológicos, os jovens que largaram tudo e caíram fora.
Com um vasto material fotográfico, a matéria fala de um grande encontro de hippies e andarilhos, cerca de 25 mil, que se reuniam anualmente nas montanhas da Califórnia, a Reunião do Arco-Iris. Como diz a matéria: “Na grande festa de encerramento da Reunião do Arco-Iris, nas montanhas da Califórnia, há dança e toques de tambores por todas as partes. O traje é livre, assim como a nudez. Só é proibido beber cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica. Mas o chá elétrico, temperado com LSD, e a maconha, servida em cachimbos, são uma tradição, cultivada até hoje."
A matéria fala ainda de outras comunidades, não-hippies, que se refugiam no mato, em busca de um contato mais próximo com a natureza, vivendo de agricultura. Assim são descritos:
Os adeptos da nova fuga para o verde são, em verdade, sobreviventes do grande furacão cultural que desabou sobre o mundo durante os anos 60, a década que mudou tudo. Abrigados em casas que vão desde caprichosos chalés em estilo suíço até choupanas mongólicas, perderam um pouco da amistosidade original e trocaram as placas de “paz e amor” por outras como “cuidado com o cachorro” ou “terreno minado”. São xenófobos por natureza ou naturalmente xenófobos, como preferir o freguês.
Hoje, não sei se ainda existem essas comunidades, e se a Reunião do Arco-Iris ainda acontece. Seria o caso de, remetendo ao título da matéria, perguntar: “Existe Vida Alternativa em 2010?”
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eu sou hippie e ainda nao frequentei comunidades assim mas eu quero muito.Minha mae nao sabe q eu sou porque ela nao liga muito essas coisas ela quer que eu estudo poz eu querio fazer o contrario.No colegio todos sabem que sou ate o coordenador sabe que sou poz ele é que me endica mais sobre isso e foi ele que me endicou uma comunidade mas fica do outro lado da cidade e eu tenho que ir com a minha mae so que ela nao sabe. eu sou Angolana.meu nome é Andreia mas me chamam de Andy eu mesma adoptei esse nome em mim e eu gosto tenho 15 anos e eu daria tudo que eu tenho para essas comunidades voltarem poque elas mudaram o mundo mas agora com essas tecnologias ja nem tem mais espaço mas eu vou lutar e ouvir e caminhar na estrada e na graça de deus paz e amor.Andyy.
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Ser hippie nos dias de hoje é uma filosofia de vida. No mundo de hoje esses espaços alternativos estão cada vez mais escassos, mas ainda existem aqueles que acreditam no sonho de uma vida alternativa. O importante é ser fiel à sua verdade. Abraço
ResponderExcluirSer hippie e' ficar vadiando na praça o dia inteiro, e a noite pegar um violao, acender uma fogueira, rolar um baseado com a moçada.
ResponderExcluirSer hippie e fazer amor no mato com eles e elas sem preconceito, sem se rotular de nada, ou nao fazer nada.
Ser hippie e' sentir a vibraçao das arvores e se fundir com a sabedoria das aguas.
Ser hippie e amar a vida sem se importar se ela o ama ou nao. Esse e o grande barato.
E olhe, para falar a verdade, nao sai muito caro nao...
Falou bem. Um abraço
ResponderExcluirSer hippie nunca significou ser promíscuo. Amor livre_ sem intervenção das leis_ / pacifistas/ ir de encontro ao consumismo exacerbado/ ouvir Pink Floyd, The Beatles, Janis Joplin, jimmy Hendrix...Paz & Amor. Isso sim é ser hippie. Anarquistas, nao! Hippies
ResponderExcluirSua dica foi muito boa, mas aí vai: ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS! Hahaha
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