Palavras Domesticadas

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rita Lee - Novos Rumos Após Saída dos Mutantes

Em outubro de 1973 a revista Pop trazia uma matéria com Rita Lee. Na época, Rita estava numa fase de retomar e redefinir sua carreira após sua ainda recente saída dos Mutantes. Sua primeira tentativa foi formar uma dupla com Lúcia Turnbull, com quem aparece na foto acima, ao formar As Cilibinas do Éden. A dupla teria vida efêmera, e logo depois Rita formaria a banda Tutti-Frutti, que representaria a melhor fase de sua carreira. Com a nova banda Rita viveria sua fase mais rock'n roll e gravaria vários discos antológicos, como Atrás do Porto Tem Uma Cidade, Ovelha Negra e Fruto Proibido. A matéria fala da saída de Rita dos Mutantes, e como sempre foi propagado, dizia-se que foi sem brigas ou mágoas. Na matéria Rita até diz: "Sérgio, Arnaldo e eu nunca brigamos. Estamos juntos desde criança. E sempre nos amammos muito". Porém, bem mais tarde, já nos anos 90, Rita em entrevistas afirmava que havia sido expulsa da banda, e fazendo acusações aos irmãos Sérgio e Arnaldo. Certamente, por esse fato, Rita não aceitou participar da recente volta dos Mutantes. Abaixo, a matéria: "Ela não tem quase mais nada da Rita Lee dos Mutantes. Os cabelos de duas cores - louro e laranja -, as roupas ainda mais extravagantes e uma incrível presença no palco: são as marcas da nova Rita Lee. No show Tutti Frutti (mês passado, em São Paulo), ela mostrou músicas novas e antigas, tocou violão e guitarra, tirou sons malucos do sintetizador, dançou com muito charme e fez uma divertida viagem pelos anos 50, cantando os bons tempos do nascimento do rock (Tutti Frutti e Roll Over Bethoven). A ideia da dupla com Lúcia Turnbull nasceu durante uma viagem que fizeram a Londres, em junho de 1972. No fim do ano, já separada de Sérgio e Arnaldo, convidou Lúcia para tocar com ela. Rita vê a separação dos Mutantes com muita tranquilidade. 'Já fazia algum tempo que eu queria tocar com a Lúcia. Ela tem um talento incrível. E os Mutantes se separaram numa boa, as coisas aconteceram naturalmente. Andaram falando em brigas, coisas de casamento, não foi nada disso. Cada um foi cuidar da sua vida, fazer um som, como tinha que ser." Depois da separação, Rita sentiu 'uma força muito grande' e compôs mais de trinta músicas, 'todas muito loucas e felizes'."

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