Houve uma época em que grandes festivais internacionais de jazz aconteciam no Brasil. As várias edições do Free Jazz Festival e do Heineken Concerts, dentre outros, são exemplos de grandes eventos que envolviam músicos de primeira linha. Depois, com a aprovação de leis que restringem a publicidade de bebidas e cigarros, esses dois eventos que citei deixaram de acontecer, podendo-se citar também, já na área do rock, o Hollywood Rock, que também deixou de acontecer, por ser promovido por uma fábrica de cigarros.
Sem querer entrar no mérito da questão, a verdade é que do ponto de vista musical, essa proibição causou para os amantes da boa música, um enorme prejuízo, pois não é qualquer grupo empresarial que se dispõe a patrocinar um grande festival, envolvendo astros internacionais de primeira linha.
No Heineken Concerts de 1994, por exemplo, aconteceu um grande show do percussionista Naná Vasconcelos, trazendo convidados. Em sua edição de 10/04/94, o jornal O Globo trazia uma matéria sobre o festival, que aconteceria naquela semana. Assinada pelo crítico José Domingos Raffaelli, a matéria, que tinha por título, "Suíte para corpo e berimbau", antecipava como seria o show de Naná:
"A terceira edição do Heineken Concerts, que começa quarta-feira no Rio, no Teatro do Hotel Nacional, apresenta quatro noites de programação variada, com atrações nacionais e internacionais. Sua principal característica é reunir convidados em torno de um músico ou cantor brasileiro. Este ano, os mestres-de-cerimônias são Naná Vasconcelos, João Gilberto, Egberto Gismonti e Paulinho da Viola.
Para a noite de abertura, Naná chamou Don Cherry, Vernon Reid, Carlos Ward, Bob Stewart, Arthur Maia, Hugo Fattoruso e Marçal.. Naná e Cherry interromperam o ensaio que faziam com Ward e Stewart em Nova York para dar uma entrevista ao Globo, por telefone, em que falam com entusiasmo do show no Brasil.
Radicado no exterior há mais de 20 anos, onde firmou-se como um dos mais completos e versáteis percussionistas do mundo, o pernambucano Naná Vasconcelos escalou uma seleção mista.
- Escolhi músicos brasileiros, americanos e o uruguaio Fattoruso. Formamos uma família. Sempre quis tocar com o Arthur Maia, mas só agora surgiu a oportunidade - diz Naná.
Ele adianta que o repertório do show será variado, abrangendo a world music, a fase hardmelódica de Ornette Coleman e música brasileira.
- Estou organizando tudo em forma de suíte, sem interrupções. Há composições minhas e peças inéditas de Don, Carlos, Vernon, Reid e Stewart.
Sempre em intensa atividade, Naná acaba de gravar dois discos na França.
- Um deles, 'Bater do Coração', foi gravado ao vivo com orquestra de cordas e coro de crianças - conta Naná, que usa até o corpo como instrumento."
Radicado no exterior há mais de 20 anos, onde firmou-se como um dos mais completos e versáteis percussionistas do mundo, o pernambucano Naná Vasconcelos escalou uma seleção mista.
- Escolhi músicos brasileiros, americanos e o uruguaio Fattoruso. Formamos uma família. Sempre quis tocar com o Arthur Maia, mas só agora surgiu a oportunidade - diz Naná.
Ele adianta que o repertório do show será variado, abrangendo a world music, a fase hardmelódica de Ornette Coleman e música brasileira.
- Estou organizando tudo em forma de suíte, sem interrupções. Há composições minhas e peças inéditas de Don, Carlos, Vernon, Reid e Stewart.
Sempre em intensa atividade, Naná acaba de gravar dois discos na França.
- Um deles, 'Bater do Coração', foi gravado ao vivo com orquestra de cordas e coro de crianças - conta Naná, que usa até o corpo como instrumento."
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