Bethel, Nova Iorque, 15, 16 e 17 de agosto... 1969. Festival de música e feira de arte, Woodstock. Definitivamente, se você tinha que estar em algum lugar nestes três dias, era em Woodstock. O maior concerto de rock da história estava pra começar, em Bethel. E não eram três horas de show, eram três dias. Três dias de paz, amor e muita música, esse era o objetivo de Woodstock. Todos acampando, e dormindo sob as estrelas... Ia ser uma festa mesmo.
O estado de Nova Iorque estava pronto para a festa. Os policiais locais, estaduais e do resto do país estavam preparados. Sabiam o que estava por vir e confiavam em suas habilidades para que corresse tudo bem com o trânsito, as pessoas, emergências médicas, saneamento e outros problemas inesperados. Então, pelo que eles não esperavam? Já ouviu falar da lei de Murphy?
500 mil convidados! Senhoras e senhores... Os convidados: manifestantes anti-guerra, militantes negros, anti-gays, a turma do lagalyze, governistas, veteranos do Vietnã, anti-negros, gays e lésbicas, anti-drogas, oposicionistas. Ah, e tinha também aquele grupo do... "Eu só vim aqui por causa da música."
Tá, e aí, o que tinha depois? E como desgraça pouca é bobagem, tínhamos também: falta de comida; condições sanitárias precárias, ou inexistentes; drogas (muitas drogas) e álcool (muito álcool); e preocupações do gênero: "Onde está meu carro?" - "Onde estão meus amigos?" A má notícia... de acordo com a polícia, houve três mortes (mas também três nascimentos!)
Apesar de tudo, não aconteceu nenhuma ocorrência grave. Não foi comunicado nenhum crime violento na área e nenhum caso de roubo ou invasão de domicílio nas casas vizinhas. A ação da polícia limitou-se à apreensão de drogas e pequenos casos, somente.
Agora, a boa... 500 mil jovens foram abandonados, e descobriram, sozinhos, o verdadeiro significado das palavras dividir, ajudar, considerar e respeitar. Tudo isso no ritmo de muita paz, amor e música (muita música). Milhares deles saíram de Woodstock com uma visão totalmente diferente do mundo. E como não poderia deixar de ser... e bota música nisso:
Joan, Baez, Arlo Guthrie, Tim Hardin, Incredible String Band, Ravi Shankar, Richie Havens, Sly & The Family Stone, Bert Sommer, Quill, The Who, Cannet Heat, Creedence Clearwater Revival, Jefferson Airplane, The Grateful Dead,, The Keef Hartley Band, Blood, Sweat and Tears, Crosby, Stills & Nash (& Young), Santana, The Band, Ten Years After,, Johnny Winter, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joe Cocker, Mountain, Melaine, Sha Na Na, John Sebastian, Country Joe and The Fish,, The Paul Butterfield Blues Band.
É impossível escrever a a última palavra sobre Woodstock. Foi mais do que um show de rock, foi um marco histórico, com diferentes significados, para diferentes pessoas.
O último fã encharcado de lama deixou o pasto de Max Yasgur há mais de 50 anos atrás. Isso foi quando o debate sobre o significado histórico de Woodstock começou. Verdadeiros crentes na cultura hippie chamam Woodstock de "o marco final de uma era dedicada ao avanço humano". Os cínicos dizem que foi "o fim adequado e ridículo de uma era de uma era de ingenuidade". Há ainda os que dizem que aquilo foi apenas uma festa dos infernos!
A Feira de Arte e Música de Woodstock, em 1969, trouxe mais de 450.000 pessoas para um pasto no Condado de Sullivan. Durante quatro dias, o local se tornou uma mini-nação contracultural na qual as mentes estavam abertas, drogas eram o que havia de mais legal e o amor era "livre". A música começou na tarde de 15 de agosto, sexta-feira, às 17:07 e continuou até a metade da manhã do dia 18 de agosto, segunda-feira. O festival fechou a via expressa do Estado de Nova Iorque e criou um dos piores engarrafamentos da nação.
Também inspirou um monte de leis locais e estatais para assegurar que nada como isto jamais aconteceria novamente. Woodstock, como poucos eventos históricos, se tornou uma espécie de herança cultural, para os EUA e para o mundo. Assim, como "Watergate" representa uma crise nacional e "Waterloo" representa derrota, "Woodstock" se tornou um adjetivo imediato que denota o poder dos jovens e os excessos dos anos 69.
- O que nós tivemos aqui foi um fato que ocorre uma vez na vida, na cidade de Bathel - diz o historiador Bert Feldman. Dickens disse isso primeiro: "Foi o melhor dos tempos. Foi o pior dos tempos." É uma mistura que nunca será reproduzida novamente.
(continua)
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